terça-feira, 15 de abril de 2008

DIA 25 DE NOVEMBRO - CUIDADOS INTERMÉDIOS

Ao fim da tarde do dia 24, passei para os cuidados intermédios.
Sentia-me muito doente, abatida e apática. Não falava com ninguém e não me apetecia voltar ali, aos cuidados intermédios, local de passagem para todos os operados, mas que para mim se estava a tornar um local de permanência. Aí, vive-se um clima de constante movimentação. Não há sossego, pois a todo o momento, está a chegar mais um doente do bloco operatório. Há gemidos, há ais, há sofrimento, há dor.
Por mais que eu quisesse abstrair-me do ambiente e do local onde me encontrava, eu não o conseguia, pois o vai-vem dos enfermeiros, dos médicos e dos familiares dos doentes é constante.
O Zé, bastante abatido e preocupado com toda esta situação, apareceu por volta das 14 h. Trouxe-me um caldo de galinha e caldo de maçã cozida. O apetite não era nenhum. Eu sabia que tinha que me alimentar, pois sentia-me muito fraca, mas não conseguia beber nada. Bebi 3 ou 4 colheres de sumo de maçã.
Tinha 38º de febre, e a prostração era total.
À tarde, trouxeram-me um chá de tília, mas eu não consegui beber nem sequer uma colherzinha!