segunda-feira, 12 de maio de 2008

BYPASS GÁSTRICO - CIRURGIA - EM QUE CONSISTE?

Domingo, 11 de Maio de 2008


Transcrevo o artigo sobre bypass gástrico, do site da Sociedade Portuguesa de Cirurgia da Obesidade:
Bypass Gástrico - Após a observação de que as mulheres operadas de gastrectomia subtotal por doença ulcerosa péptica, tendiam a perder peso e que, além disso, lhes era muito dificil aumentar de peso, o Dr. Edward Mason da Universidade de Iowa- EUA, decidiu aplicar o mesmo principio à obesidade, criando a chamada cirurgia de bypass gástrico.
Desde o seu aparecimento, múltiplas modificações lhe foram introduzidas na tentativa de melhorar a perda de peso e minorar as complicações ( bolsa de 50c.c. ou menos, criação da gastroenterostomia com 0,9 cm, uso da técnica de Y Roux, variando o seu canal alimentar entre 100 e 150 cms, a via retrocólica e retrogástrica).
Um dos principais problemas desta técnica era a ruptura da linha de agrafos que poderia ocorrer até vários anos após a cirurgia, com aumento de peso, limitando assim o seu uso. Esta situação levou a que os cirurgiões começassem a usar técnicas para prevenir esta complicação, realizando assim a secção gástrica.
Entretanto para evitar a dilatação da gastroenterostomia e, assim o aumento de peso, passou-se a utilizar tecido protésico (anel de silastic) imediatamente acima da gastroenterostomia. Este anel tinha como função controlar o tamanho do estoma melhorando o controle do peso a longo prazo.foi descrito por Fobi e Capela que, além do anel interpõe entre as áreas do estõmago seccionadas uma ansa jejunal tentando prevenir a fistula gastro-gástrica. Esta cirurgia é hoje perfeitamente reproduzível por via laparoscópica.
COMPLICAÇÕESAs complicações do bypass gástrico são muito menos severas que as do bypass intestinal, podendo aparecer em várias fases:
COMPLICAÇÕES AGUDAS - A mais severa é a fistula da junção gastro-jejunal, provocando necessidade de cirurgia urgente ao paciente pelo risco de complicações mais severas (sepsis). Outras complicações embora muito importantes, mas que não põem em risco o paciente é a dilatação gástrica aguda, a atelectasia pulmonar e infecção, obstrução aguda do Y de Roux, infecção da parede.
AS COMPLICAÇÕES TARDIAS INCLUEM:
Estenose da anastomose gastro- jejunal. Anemia por falta de ferro em particular na mulher menstruada. Deficiência de vit. B12. Deficiência de calcio com osteoporose. Dumping. Úlceras da boca anastomótica. Apesar do número de complicações parecer elevado, elas não são ameaçadoras do tipo de vida, e é considerada actualmente como o gold standard da cirurgia bariátrica.
Publicada por LuzAzul em Domingo, Maio 11, 2008